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Identidade Araribá


O projeto oferece bolsas de estudos a estudantes indígenas promovendo acesso, permanência e conclusão do ensino superior, cultivando a identidade cultural e a troca de vivências com os demais estudantes.

É destinado aos estudantes da Reserva Indígena de Araribá, localizada no município de Avaí e composta pelas aldeias Tereguá, Nimuendajú, Ekeruá e Kopenoty.

O projeto permite que o indígena formado possa, além da formação superior, contribuir para o desenvolvimento da comunidade em que vive.

O Projeto Identidade Araribá foi criado em 1996 como uma ação extensionista, sendo estabelecido a partir de um convênio de cooperação técnico científico, assinado entre a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), o UNISAGRADO, a Prefeitura de Avaí e as lideranças das aldeias.

Inicialmente, foram promovidas duas frentes de trabalho, nas áreas de Educação Ambiental e Sustentabilidade. Foram realizadas oficinas como elaboração de material pedagógico de ciências da natureza e matemática para professores da aldeia, fortalecimento das atividades de apicultura e aumento do plantel de gado de leite por meio de recursos da entidade alemã e parceira do projeto Sozialwerk Brasilienhilfe.


A partir de 2013, o projeto começou a trabalhar no fortalecimento do relacionamento familiar, na manutenção e na troca de histórias entre as gerações, por meio da língua, das crenças e das artes.

Em 2016, com a necessidade de formação de professores para trabalharem nas quatro escolas existentes nas comunidades indígenas, as bolsas oferecidas pelo UNISAGRADO foram direcionadas também para os cursos de licenciatura.

Em 2023, o Projeto Identidade Araribá torna-se uma ação institucional do UNISAGRADO, ligado ao Setor de Bolsas.

Até 2022, 26 alunos concluíram o ensino superior por meio do projeto. Desse total, 17 estudantes optaram por cursos na área de Educação; 6 por graduações em Saúde; e 3 em outras áreas.


Webdocumentário “Memória Identidade Araribá”


Em comemoração aos 26 anos de parceria entre o UNISAGRADO e as comunidades indígenas, os estudantes do terceiro ano de Jornalismo, sob orientação da Profª Dra. Leire Mara Bevilaqua produziram, na disciplina de Novas Narrativas e Produção Multimídia, o webdocumentário: “Memória Identidade Araribá”, que conta a história do projeto e de histórias transformadas por meio dele. Acesse o vídeo na íntegra: clique aqui!


Dúvidas Frequentes


A concessão e continuidade da bolsa de Graduação está relacionada a carência econômica comprovada, excelência no desempenho das atividades acadêmicas e critérios estabelecidos pelo UNISAGRADO, podendo ser alterados em razão de acordo com a FUNAI, Caciques e Liderança das Aldeias.

É realizada a inscrição para o vestibular pelo site, porém, com data determinada em edital. Após a inscrição, o candidato à bolsa deve gerar o boleto bancário e encaminhar para a FUNAI. A FUNAI emite um documento comprobatório que confirma a identidade indígena do candidato, encaminha de volta ao UNISAGRADO para as demais providências de isenção. Todo o processo é acompanhado pelo coordenador do Projeto Prof. Dr. Cleiton José Senem e tem apoio do Setor de Bolsas, Financeiro e Captação.

Por meio de uma reunião com os caciques, lideranças das comunidades e representantes da FUNAI é definido os candidatos aprovados no vestibular para o ingresso na Instituição.

A comprovação de informações ocorre através do preenchimento de uma ficha socioeconômica e entrega de documentações pessoais dos candidatos e de seu grupo familiar. Os documentos são avaliados por uma assistente social para análise do deferimento ou indeferimento da bolsa. Esse processo é feito após a reunião da aldeia e a definição dos candidatos aprovados.


Contato


Dúvidas e mais informações no Setor de Bolsas:
E-mail: bolsasestudo@unisagrado.edu.br
Telefone ou Whats App: (14) 2107-7059


Conheça a História do Projeto Identidade Araribá

A reserva indígena Araribá


A terra indígena Araribá está localizada a 50 quilômetros de Bauru, no município de Avaí. Apesar de a área ser povoada desde o fim do século XIX, a homologação só ocorreu em 29 de outubro de 1991, por meio do Decreto nº. 308.

É composta por quatro aldeias: Kopenoty, Nymuendajú, Ekeruá e Tereguá. De acordo com dados de setembro de 2022 do Pólo Base Bauru da Fundação Nacional do Índio - FUNAI, as quatro comunidades somam 644 indígenas. Duas etnias são predominantes na reserva: Guarani e Terena. Mas, há um número reduzido de indígenas pertencentes a outros grupos étnicos, como Kaigang.


O Projeto Identidade Araribá


O Projeto Identidade Araribá nasceu em 1996 como uma ação extensionista. Ele foi estabelecido a partir de um convênio de cooperação técnico científico, assinado entre a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), o Centro Universitário Sagrado Coração - UNISAGRADO, a Prefeitura de Avaí e as lideranças das aldeias.

O objetivo inicial do projeto era o desenvolvimento de ações que permitissem a fixação dos indígenas nas aldeias. Para isso foram desenvolvidas duas frentes de trabalho: Educação Ambiental e Sustentabilidade.

Foram realizadas oficinas para a elaboração de material pedagógico de ciências da natureza e matemática para professores da aldeia, fortalecimento das atividades de apicultura e aumento do plantel de gado de leite por meio de recursos da entidade alemã e parceira do projeto Sozialwerk Brasilienhilfe.

A partir de 2013, o projeto começou a trabalhar no fortalecimento do relacionamento familiar, na manutenção e na troca de histórias entre as gerações, por meio da língua, das crenças e das artes.

Em 2016, com a necessidade de formação de professores para trabalharem nas quatro escolas existentes nas comunidades indígenas, as bolsas oferecidas pelo UNISAGRADO foram direcionadas para os cursos de licenciatura.

Em 2023, o Projeto Identidade Araribá torna-se uma ação institucional do UNISAGRADO. Por isso, o convite é para que você conheça mais detalhes desta trajetória no webdocumentário “Memória Identidade Araribá”, produzido pelos estudantes do terceiro ano de Jornalismo, sob orientação da Profª Dra. Leire Mara Bevilaqua.



Os números do Projeto



O primeiro aluno a se formar por meio do Projeto Identidade Araribá foi Irineu Sebastião, no ano de 2008, no curso de História. No ano seguinte, 2009, foi a vez de Regiane Rodrigues, ser a primeira mulher nascida na aldeia a receber o diploma de enfermagem.

De 2008 a 2022, 26 alunos concluíram o ensino superior por meio do projeto. Desse total, 17 estudantes optaram por cursos na área de Educação; 6 por graduações em Saúde; e 3 em outras áreas.



A presença das mulheres indígenas



As mulheres indígenas são maioria no projeto. Dos 28 formados, 18 são mulheres. A maioria delas optou por cursos na área de Educação, como é possível ver abaixo.



Com a palavra, o primeiro coordenador do Projeto



A visão da atual coordenação




Entrevistas

Educação na aldeia


A preservação da cultura indígena por meio da educação


Anderson Sebastião dos Santos Lucas, da comunidade Tereguá, e Gleidson Alves Marcolino, da comunidade Nymuendajú, são formandos de 2022 do curso de Pedagogia do UNISAGRADO. Ambos já atuam como professores nas comunidades de origem. Eles explicam como escolheram o curso, as experiências durante a graduação e quais são as expectativas com a formação.




O sonho de ser professora: uma inspiração que vem da própria aldeia



Martha Pio é indígena do Povo Terena e vive na comunidade Ekeruá da aldeia Araribá. Hoje, ela é pedagoga formada pelo UNISAGRADO e atua na própria aldeia. Martha é da turma de formandos de 2021 e conquistou seu diploma graças ao Projeto Araribá.

A egressa conta que seu maior objetivo era se formar para conseguir dar aula aos indígenas. A escola da comunidade sempre foi sua segunda casa e ela sentia que deveria retribuir todo o conhecimento para o desenvolvimento da aldeia.

A família teve papel importante durante a trajetória no ensino superior. Mas, Martha faz questão de destacar o papel do Projeto Identidade Araribá: “O projeto é de grande importância, pois promove a formação acadêmica de vários professores indígenas da tribo indígena Araribá. O UNISAGRADO é uma das melhores instituições de ensino superior, sendo assim vejo que nós, professores indígenas formados pelo UNISAGRADO, passamos de fato para nossos alunos um ensino significativo e de qualidade”, pontua.

Durante o curso de Pedagogia, Martha teve que superar alguns desafios. “Foram 4 anos de muita aprendizagem e troca de experiências. Confesso que saí da minha zona de conforto, pois o espaço acadêmico é muito diferente do ambiente em que estava acostumada. Com muita vontade de aprender, consegui me adaptar e realizar os trabalhos que eram desenvolvidos dentro e fora da sala de aula”, relembra.

Com o fim da graduação, a professora não interrompeu os estudos. Desde agosto deste ano, está fazendo uma especialização e reforça: “Sabemos que o ato de estudar e buscar novos conhecimentos é essencial para um educador. Todos os professores que fizeram parte da minha trajetória educacional são minhas inspirações”.

Toda essa trajetória da Martha e de todos os indígenas que concluíram uma graduação tornam-se referência na aldeia. Por isso, deixa claro: “Quero exercer essa profissão aqui na minha comunidade, pois esse foi e sempre será o meu objetivo”.


Conheça mais sobre a Marta e sua trajetória no ensino superior



Pedagogia: a realidade e os desafios do curso que mais formou indígenas



Tiago Nhandewa: a continuidade nos estudos para romper estereótipos



Tiago de Oliveira, ou Tiago Nhadewa como prefere ser chamado, é formado em Pedagogia por meio do Projeto Identidade Araribá e o primeiro indígena de Avaí e da região a cursar doutorado. Ele integra o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP - Universidade de São Paulo.

Tiago, que é da etnia Guarani Nhandewa, da aldeia Tereguá, busca contribuir com a construção do conhecimento científico a partir do olhar indígena. Durante o mestrado, desenvolvido no mesmo programa, ele desenvolveu a dissertação: “Perspectiva Guarani Nhandewa sobre Formação Intercultural de Professores Indígenas: ancestralidade, espiritualidade, cosmologias e línguas indígenas”. Ele bateu um papo com a aluna Laura Marcello, do terceiro ano de Jornalismo do UNISAGRADO, para contar um pouco da trajetória na área acadêmica e as perspectivas. Ouça no podcast abaixo.



Cacique da Kopenoty, o primeiro formado em Geografia no estado, reforça a importância do projeto para Araribá



Chicão Terena, como é conhecido, nasceu e mora até hoje na aldeia Kopenoty. Liderança na comunidade, decidiu cursar Geografia para compreender mais sobre as regiões ocupadas pelos povos indígenas. Desde 2016, quando se formou, contribui com a formação dos jovens de sua aldeia.



O cuidado com a saúde indígena


A indígena que abriu as portas da aldeia para a Enfermagem


Regiane Rodrigues é enfermeira na comunidade Kopenoty. Ela foi a primeira mulher indígena a se formar pelo Projeto Identidade Araribá no ano de 2009. Desde então, atua no posto de saúde da aldeia, um trabalho que ela encara como missão.



A missão de cuidar da saúde dos indígenas da aldeia segue com a geração mais jovem


Thiago Silvério, formando de 2022 do curso de Enfermagem do UNISAGRADO, também quer ser referência para o seu povo. Ele fez estágio em unidades de saúde em Bauru, mas não vê a hora de retornar tudo o que aprendeu para a aldeia Araribá.

Com o conhecimento adquirido, ele sabe que pode fazer diferença pois entende o que o seu povo necessita. Assista ao depoimento dele no vídeo.



Para além das terras da aldeia


Parte da turma de formandos de 2016 em Enfermagem. Thaís, na primeira fileira,
a segunda da esquerda para a direita.

A maior parte dos indígenas que se formou no ensino superior pelo UNISAGRADO está atuando nas terras indígenas de Araribá. Mas, há exemplos de quem buscou ampliar o trabalho e a atuação junto ao povo indígena. É o caso de Thais Cristine Caetano. Indígena do povo Terena, nasceu e pertenceu à aldeia até 2021. Ela se formou no curso de Enfermagem em 2016, também com bolsa do Projeto Identidade Araribá. Hoje, mora na região metropolitana de Curitiba e desde dezembro de 2021 trabalha na Casa de Saúde do Indígena, uma referência nacional em saúde indígena.

Na entrevista abaixo, ela conta mais detalhes da formação que recebeu e como tem sido a atuação na área da saúde.


Projeto Identidade Araribá: Por que você decidiu cursar enfermagem?

Thaís Caetano: "Em 2006, eu terminei o ensino médio e, no ano seguinte, 2007, entrei para o curso técnico de enfermagem. A princípio, eu fui para o curso técnico porque eu tinha feito o vestibular pelo Projeto Identidade Araribá, na época da USC, e como eu residia em Bauru, tive que concorrer com os indígenas urbanos. Os indígenas urbanos concorriam a uma bolsa e a terra indígena de Araribá tinha quatro, uma quantidade maior. Eu não fui contemplada, apesar de ter passado no vestibular. Como eu não ganhei a bolsa e eu queria um curso da área da saúde, fui para o curso técnico porque era o que dava para eu pagar. Eu terminei o curso técnico em 2009 e fui atuar no hospital estadual de Bauru, na unidade de tratamento de queimaduras".


Vacinação contra Influenza na aldeia.

"Eu não tinha nenhum familiar doente e não tinha nenhum contato prévio. Foi mais por ouvir da profissão. Eu permaneci 7 anos atuando na área antes de me formar como enfermeira pelo Projeto Identidade Araribá do Unisagrado, em 2016. Eu decidi fazer Enfermagem por já estar atuando na área, por conhecer um pouquinho do trabalho e, com a oportunidade de cursar o ensino superior, não vi outro curso para fazer que não fosse Enfermagem."


Projeto Identidade Araribá: Qual era a necessidade no atendimento à saúde indígena na aldeia na época?

Thaís Caetano: "Eu me formei no curso técnico em Enfermagem em 2009. A SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena) foi criada no ano seguinte, em 2010. Quando eu terminei o curso técnico, eu já fiz o processo seletivo do Hospital Estadual. Nessa época, a equipe de saúde indígena era menor. Houve uma extensão de profissionais a partir de 2010, quando foi calculado o índice populacional das aldeias, as necessidades de cada uma.

Nessa época, eu já estava na área hospitalar e, quando eu e mais uma indígena nos formamos, no ano seguinte ela acabou ingressando. Ela morava em uma comunidade um pouco maior e conseguiu uma vaga. Depois, em anos posteriores, conforme o pessoal foi se formando, foi tendo as oportunidades.

O meu contato com atendimento de saúde na aldeia ocorreu durante a minha gestação, entre 2016 e 2017. O pré-natal nosso é feito todo dentro da aldeia. Eu tinha que estar ali para passar nas consultas com um enfermeiro e um médico que atendia na terra indígena. Ali, a gente conseguia ver um pouco da rotina do atendimento, como era o trabalho dos profissionais. É muito voltado para a atenção primária, com palestras, tudo voltado para a prevenção.

Nesse período, eu trabalhava. Então tinha os plantões, uma folga por semana. Eu trabalhava à tarde, fazia faculdade à noite e voltava para a casa só para dormir. No outro dia cedo eu já voltava de novo, porque não tinha ônibus que batia horário. Saía muito cedo e voltava muito tarde. Foram cinco anos de graduação nessa vida de estrada. Ter contato com a saúde indígena, mesmo, foi quando eu entrei para atuar pois até então eu tinha a visão da saúde hospitalar mesmo".


Projeto Identidade Araribá: Então o transporte foi uma das suas principais dificuldades durante a graduação?

Thaís Caetano: "A gente tinha que sair da terra indígena porque não passava ônibus na vicinal para que a gente pudesse pegar. Então, a gente tinha que ir pegar o mais próximo que era em Avaí ou em Duartina. E fazer essa locomoção, de uma cidade para a outra, levava quarenta minutos de viagem, dependendo do trajeto".


Estágio de enfermagem em centro cirúrgico

"Como os horários não estavam batendo, vi que precisava de um carro para ir mais rápido. Foi o que me ajudou bastante. Tirei a habilitação e, mesmo com medo, eu ia. Mesmo sendo um trajeto pequeno, demorava para chegar. Mas, acabei me adaptando. Lembro que nos primeiros semestres tínhamos as disciplinas mais introdutórias e lembro que chegava às 19h30 ou 19h35 e acabava perdendo uma aula ou meio período da aula".



Projeto Identidade Araribá: Você se lembra de algum outro desafio nesse período?

Thaís Caetano: "Uma das dificuldades que eu relato muito é a questão financeira. A gente se sente um pouco fora do quadro. Você sai do trabalho, chega à faculdade sem tomar banho e está todo mundo arrumado. Para mim era um desafio. Mas, eu tinha comigo que eu precisava me formar para ter uma condição de vida melhor. E tinha que enfrentar tudo isso, independentemente das dificuldades que iam surgindo. Durante o estágio, ainda, eu descobri a gravidez da minha filha, no último ano. Sem falar na dificuldade de horário também para fazer o estágio. Foram cinco anos assim: no início trabalhando à tarde e estudando à noite. Depois, trabalhava de manhã, fazia estágio à tarde e faculdade à noite. Mas ajudou bastante o fato de eu trabalhar na área. Como eu via muita coisa na prática, chegava na hora da teoria eu conseguia associar bastante coisa. Eu trabalhava em uma unidade complexa, então, tinha centro cirúrgico, UTI, atendimento infantil, então eu via um pouco de tudo. Às vezes, não conseguia ter o conteúdo de forma integral, de ouvir o professor falar. Mas tinha lembrança daquilo na prática, o que me ajudou muito, apesar de toda a correria. Na universidade, em si, por ter esse projeto há um tempo, nós não éramos novidade por sermos indígenas. E, no curso de Enfermagem, todos foram muito acolhedores. Pra gente, esse acolhimento fazia a diferença".


Projeto Identidade Araribá: Como começou a sua atuação com as comunidades indígenas?


Vacinação contra Covid-19 durante a pandemia.

Thaís Caetano: "Como eu tinha a vivência só hospitalar, era uma dificuldade aplicar tudo aquilo que eu aprendi na universidade na saúde indígena. Porque a gente tem um modo de vida que, por mais que eu estivesse na universidade, dirigindo e introduzida naquele meio, temos os mais velhos na aldeia que não tiveram essa oportunidade. E eles vivem como os indígenas que não tiveram tanto contato.

Então, em 2018, eu fiz uma especialização em Saúde da Família pelo UNISAGRADO para poder ver como eu conseguiria trazer na prática, com a comunidade indígena, o que aprendi na teoria. E o diferencial no UNISAGRADO é que eles sabiam que eu era indígena e tentavam nas atividades teórico-práticas fazer associações. Não é pelo fato de ser indígena e pelo fato de morar na aldeia que a gente vai sempre ter facilidade. Vai encontrar dificuldade também. Por isso, fui em busca da especialização. E, em 2018, eu tive o convite das lideranças ali das aldeias para que eu pudesse atuar no Polo Base de Bauru, que é um setor descentralizado da ação de indígena para poder prestar o suporte para as aldeias que são assistidas: terra indígena de Araribá, com suas quatro aldeias; terra indígena de Icatu, em Braúna e aldeia Vanuire, em Arco-Íris. Como o polo fazia essa parte administrativa e, na época, a enfermeira que fazia a gestão tinha se aposentado, eles pediram para que eu pudesse atuar e eu comecei a atuar com a saúde indígena. Fiquei lá até o ano passado, quando vim trabalhar na Casa de Saúde Indígena de Curitiba".


Projeto Identidade Araribá: Qual a importância de ter mais indígenas na área da saúde?


Thaís em atendimento na Casa de Saúde do Indígena em Curitiba.

Perspectiva do Projeto

A institucionalização do Projeto Identidade Araribá



A partir de 2023, o Projeto Identidade Araribá passa a ser um projeto institucional do UNISAGRADO.

A Reitora , Prof.ª Dr.ª Irmã Vânia Cristina de Oliveira, e o coordenador do projeto, o Prof. Dr. Cleiton José Senem, esclarecem quais as propostas e etapas de realização.




Identidade Araribá na Mídia.

Acesse a lista de reportagens e vídeos na imprensa


UNISAGRADO
• No dia 25/11/2023 foi realizado o primeiro vestibular na Terra Indígena de Araribá. O Projeto Identidade Araribá desempenha um papel fundamental na promoção de formação no ensino superior para os membros das terras indígenas de Avaí-SP. Seu objetivo é proporcionar oportunidades educacionais aos candidatos indígenas que almejam conquistar bolsas de estudo no ensino superior no UNISAGRADO. Até esta data, 26 alunos se formaram em diversas áreas de atuação. Este processo abrange desde o acesso até a conclusão do ensino superior, cultivando e preservando, ao mesmo tempo, a rica identidade cultural desses jovens. Ao abrir as portas para a realização do vestibular na Terra Indígena de Araribá, reforçamos nosso compromisso com a diversidade e a inclusão, proporcionando uma educação de qualidade que respeita e valoriza as diferentes culturas presentes em nosso país.
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UNISAGRADO
• IEdição especial da 50ª SECOD recordou momentos históricos e celebrou parcerias e iniciativas de sucesso.
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Plataforma Ensino Superior
• Ensino Superior: Projeto do Unisagrado na Ti Araribá faz 26 anos e ganha documentário.
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JCNET
• Indígena de Avaí se forma em Pedagogia no Unisagrado.
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• Egresso do Unisagrado é o primeiro indígena da região a entrar no doutorado.
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• Avaí tem 1º indígena com cargo na Diretoria Regional de Ensino.
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Social Bauru
• Índios na universidade em Bauru: conheça o Projeto Identidade Araribá.
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Rádio Terena
• Estudante indígena forma em design e quer interligar cultura indígena com o mundo das artes.

JCNET
• Entrevista da semana: Irineu Nje’’a.
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G1
• Línguas indígenas são tema de palestra em Bauru.
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JCNET
• Cacique é o primeiro do Estado a formar em curso de geografia.
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Portal Ternura
• Cacique formado pela USC é o primeiro do Estado em sua área.
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TV UNESP
• Índios vão à faculdade para levar conhecimento para a aldeia.
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JCNET
• Projetos Sociais da USC estão entre os 25 melhores do país.
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Expediente

Alunos da Disciplina Novas Narrativas e Produção Multimídia – 2º Semestre 2022 - Curso Jornalismo

Pesquisa e planejamento de produção: Alexandre dos Santos, Ana Carolina Ponce, Ana Paula Rodrigues, Arthur Camargo, Arthur Passos, Camila Correa, Erick Monteiro, Grazielly Zagato, Guilherme Lopes, Henrique de Souza, Isabela Tesser, Laura Marcello, Luiz Guilherme Petian e Sofia Campos.

Entrevistas: Arthur Passos, Camila Correa, Gabriela de Ângelo, Laura Marcello, Letícia dos Santos e Maria Eduarda Scarp.

Redação final: Arthur Camargo, Arthur Passos, Gabriela de Ângelo, Guilherme Lopes, Henrique de Souza e Laura Marcello.

Diagramação: Maria Eduarda Scarp (apoio: Alexandre dos Santos).

Captação e edição dos depoimentos: Núcleo de Produção Multimídia.

Captação da trilha sonora: Camila Correa.

Supervisão:
Prof.ª Dra. Leire Mara Bevilaqua

©2023 por Projeto Identidade Araribá.

Madre Clélia
Cebas

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